Confesso, as vezes é o que parece! Pelo menos se você olhar rápido sem prestar muita atenção! Mas se olhar com mais calma, no fundo, aos poucos, vai descobrir que escondo as melhores coisas para poucas pessoas. Até posso contar, uma que outra história inusitada, que se passa em grande público, mas viver essas histórias, vivo com poucos!
Dá para contar nos dedos de uma mão, praticamente, aqueles que efetivamente fazem parte da minha vida. Não dessa “vida pública” mas daquela com problemas, medos inseguranças, aquela real, que me faz respirar, temer, ser!
Sou um contador de histórias por natureza, adoro escrever as coisas que vivo, acho que parte da minha vida realmente é divertida e pode, de certa forma, alegrar o mundo de outras pessoas, e é para isso que acreditei ter vindo ao mundo: fazer o dia de alguém um pouco melhor! Mas no fundo conto apenas trivialidades! Não falo das coisas que realmente me motivam a sonhar, viver, pensar! Conto das risadas e momentos engraçados. Bom, pelo menos acreditava que era assim!
Neste blog acabou que por muitas vezes realmente me abri, porque precisava, não para mostrar minha vida a todos, mas para me abrir. Sou assim, guardo tudo até que um dia explode o mundo em um turbilhão de emoções sem controle. Admiro pessoas racionais, mas eu sou passional.
Qualquer caminho que se escolhe tem seu preço, qualquer destino tem um terço! Cada um sabe o fardo que julga justo carregar, e que consegue suportar. Quem não consegue desiste pelo estrada, quem consegue chega onde quer, ou achava que queria, se não era bem isso junta forças para recomeçar!
Sei que quando escolhi ser quem sou, a muitos anos atrás, abri mão de muitas das coisas que gosto para fazer o que faço hoje, mas achei que tivesse reservado um lugar especial para outras coisas, livre de olhares curiosos e insistentes locuções a respeito de minhas atitudes.
Minha vida pública, muito embora não pareça, sempre teve um certo limite: ela termina onde começa o portão da minha casa, e é lá, dentro das paredes que me viram crescer que reservo o melhor de mim para viver com alguém, é lá, dentro do meu quarto e com meus Cds que se passam as coisas mais importantes que aqui ninguém vê, é lá que entra quem eu julgo valer muito a pena, é entre as cores do meu quarto, que ninguém sabe quais são, no refugio privado que guardei para mim, que efetivamente abro meu mundo e compartilho o que tenho de melhor, não um bar, uma guitarra, uma matéria de jornal, mas sim meu templo, meu eu, um momento em que esqueço quem sou e deixo a vida andar mais devagar, quase parando, me perdendo em um olhar!
Mantenha o foco! \o/
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